sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Relatório 3


Durante esta semana nos focamos na elaboração dos nossos diários de campo (já postados)  e estamos trabalhando na compilação de dados (comparando o antes e o depois da VC).

Pretendemos neste final de semana ir até o Museu de Imagem e Som em São Paulo verificar o acervo que lá se encontra ( especialmente os depoimento dos artistas da VC) . Assim como, estamos já a algumas semanas procurando nomes para entrevistarmos,  para fazermos um contraste entre a memória passada e a memória presente da VC, como a relação de identificação foi se desfazendo com o tempo. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Trocas de email com o MIS e a Cinemateca


Depois de procurarmos inúmeras informações na internet, descobrimos que há um projeto de recuperação dos arquivos da VC na parceria do município de SP, Intermédica Saúde e o Museu de Imagem e do Som (MIS). Mandamos um email para cada um dos agentes envolvidos perguntando como seria esse projeto e em que estágio se encontraria.
            O MIS nos respondeu fornecendo informações sobre quais são os materiais que estão presentes no acervo do local e nos passou o contato da Cinemateca Brasileira. Mandamos um email para a cinemateca e eles reponderam que: ``O acervo da Vera Cruz foi adquirido pela Cinemateca Brasileira, temos uma coleção grande de materiais que estão sendo processados como parte da política institucional de preservação e restauro. No momento, não existe nenhum projeto específico em curso ``, sendo que poderiam dar maiores informações sobre filmes específicos e nos sugeriram consultar o banco de conteúdos culturais do governo (www.bcc.gov.br- onde se encontra imagens e cartazes de algumas filmagens da VC).
            Ainda estamos esperando a resposta dos emails enviados para a secretaria de cultura do município de São Paulo, da secretaria da cultura do governo do estado, assim como da Intermédica. Além disso, reenviamos um novo email para a secretaria de cultura de São Bernardo (agora que as eleições passaram, acreditamos que as coisas estão mais calmas), já que em março deste ano houve uma abertura de edital para chamar profissionais para a revitalização dos estúdios VC. 

Nova Ida a Vera Cruz


A única maneira que encontramos de entrar no Pavilhão Vera Cruz (até o momento) para verificar o atual estado de conservação do que restou das antigas instalações dos estúdios cinematográficos, foi visitarmos em 22 de setembro a exposição da terceira edição da mostra de Design de Interiores do ABC denominado ”Polo Design Show” que foi realizado entre os dias 18 de setembro e 21 de outubro, organizada pelo Polo Design Center, que é a Associação dos Lojistas de Decoração do ABC e reúne 64 lojas do setor de arquitetura e decoração da região. Os ingressos custaram R$15,00 hs para estudante além de R$ 15:00 hs para o estacionamento.
Mapa: Localização do atual espaço do Vera Cruz
            Nossa primeira atitude dentro das dependências do estúdio foi solicitar ao guarda patrimonial, que estava de plantão, a permissão para circular nas áreas não pertencentes ao evento que estavam fora da rota estipulada para os visitantes da exposição. Acreditávamos que teríamos dificuldades para conseguir esta permissão, porém, ao contrário do que imaginávamos, a pessoa foi muito prestativa. Ele perguntou quais eram as nossas intenções e quando explicamos que pretendíamos tirar algumas fotos do prédio para nosso trabalho sobre a história dos Estúdios Vera Cruz, ele não apenas nos liberou como também indicou vários pontos interessantes para as fotos.
            Com o livre acesso as dependências do Pavilhão, circulamos por cerca de quarenta e cinco minutos e fizemos uma série de fotos ao redor dos prédios. Procuramos enfatizar nessas fotos temas relacionados ao estado de conservação das instalações, bem como, das áreas de terreno subtraídas das instalações originais que atualmente fazem parte de em um estacionamento e do parque temático “Cidade das Crianças”. Entramos também, num grande galpão idêntico ao outro onde estavam instalados os expositores, porém, completamente escuro e vazio. Tivemos a impressão de que este galpão vazio estava em bom estado de conservação e que poderia abrigar confortavelmente o dobro dos 47 ambientes instalados no evento. Ocorreu que, neste momento quando estávamos fazendo algumas fotos, fomos abordados por uma senhora, funcionária da prefeitura da São Bernardo do Campo, que perguntou se tínhamos o interesse em alugar aquele espaço para alguma atividade. Percebemos que, talvez, não deveríamos estar naquele local, desconversamos e fomos para a exposição.
            Ao entrarmos nos corredores da exposição, experimentamos uma mudança radical no ambiente. Contrastando com as paredes rústicas do exterior do prédio, notamos as cores, os arranjos, os aromas, as músicas, etc., dos stands que estavam perfeitamente decorados, afinal tratava-se de uma feira de Design de Interiores. Observamos que tanto os visitantes como os expositores trajavam roupas elegantes apropriadas para o evento, e que, além disso, era possível identificar diferentes elementos neste grupo de pessoas. Havia os casais de noivos, os já casados, os empreendedores, o grupo de estudantes de arquitetura, entre outros, todos aproveitando o passeio e seguindo seus destinos. Aqui, nós éramos o contraste com os nossos jeans e tênis surrados.
            Ao final da exposição, saímos das dependências do Vera Cruz e percorremos as ruas periféricas do antigo estúdio cinematográfico para fotografar alguns pontos com temas relativos aos interesses do nosso trabalho. Tiramos fotos da faculdade de direito, do estacionamento, do parque “Cidade das Crianças” e de alguns prédios em mau estado de conservação que suspeitávamos terem pertencido ao patrimônio original dos estúdios Vera Cruz. Feito isto, ficamos satisfeitos, e demos por encerrada essa atividade.

Ida ao Memória e Acervo de São Bernardo do Campo


            Fomos ao Memória em uma tarde nebulosa típica de São Bernardo e tivemos uma recepção relativamente parecida com do história e acervo ( como se não fosse muito frequente a visita de pessoas estranhas ), porém com uma certa antipatia e lentidão por parte dos atendentes.
            Tivemos acesso a alguns trabalhos sobre a VC e nos debulhamos algumas horas selecionando melhores tópicos e tiramos inúmeras fotos (para depois avaliarmos melhor os dados). Devemos voltar em breve lá para adquirirmos mais informações.  
Mapa: Localização do Centro de Memória e Acervo de São Bernardo do Campo

Ida ao Patrimônio Histórico de São Bernardo do Campo



            Depois de muito ``fuçar`` no site da prefeitura de São Bernardo achamos o telefone do patrimônio histórico e ligamos. Descobrimos que lá estava o processo de tombamento da VC e alguns artigos de jornais falando sobre o tópico.
            Em uma manhã chuvosa e fria de São Bernardo fomos até o local (rua João Pessoa , 236 – algumas quadras para cima do bloco Sigma) e ficamos algumas horas compilando dados, batemos muitas fotos de matérias de jornais antigos e ainda estamos tentando juntar todas as informações encontradas.
           
 Bom relatar que fomos muito bem recebidos no local, mas também nos fizeram inúmeras perguntas sobre o motivo de estarmos lá e pra que iríamos utilizar as informações, disseram que muito dificilmente aparece alguém perguntando sobre este tópico, assim como a atendente reclamou que o local tinha uma falta de informações sobre os estúdios. Durante o tempo que lá ficamos tanto a atendente como um senhor (que estavam lendo os jornais do dia- lá há um espaço de leitura para tal fim) fizeram uma compilação de indagações sobre a UFABC, o curso que fazemos e a pesquisa que estávamos realizando. Transmitiram a impressão que as visitas a esses lugares não são muito comuns, que normalmente os frequentadores são sempre as mesmas pessoas
Mapa: Localização do Centro de Memória e Acervo de São Bernardo do Campo

Telefonemas e email para a prefeitura


            Com o telefone fornecido pelos guardas ligamos e tentamos falar com a Vera. No primeiro dia nos passaram para alguns outros ramais até que falaram que a Vera não se encontrava e que deveríamos ligar no dia seguinte. Assim fizemos e assim achamos a Vera, perguntamos de que forma era feita a administração dos estúdios e ela disse que não poderia nos ajudar, que era responsável somente pela organização de eventos e que poderíamos obter mais informações na secretaria de Cultura da prefeitura; ganhamos um novo número e fomos passados para alguns outros ramais (ficava evidente que não faziam a mínima ideias de qual setor seria o responsável, assim como alguns atendentes não sabiam o que era a VC) até sermos informados que isso seria algo que somente a secretaria de turismo poderia nos fornecer. Ligando para a secretaria de turismo fomos passados somente para mais um ramal e fomos informados que deveríamos mandar um email para o secretário de turismo ( Ronaldo Tadeu Ávila de Paula – email: Ronaldo.tadeu@saobernardo.sp.gov .br ). Enviamos o email e recebemos a sugestão de ligarmos para a secretaria de cultura (o que já havíamos feito) ou mandar um email para o Secretário de Cultura (Osvaldo Neto). Enviamos dois e-mail em semanas diferente e não obtivemos resposta do secretário.
            Ainda insatisfeitos pela falta de resposta, depois de algumas pesquisas na internet achamos o email (arquivo.central.rio.@iphan.gov.br) do Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional (IPHAN), mandamos um email para a sede no Rio de Janeiro. Obtivemos uma resposta muito bem educada da arquivista Luciane Ceretta, contudo também dizia que não poderia fornecer grandes informações, somente dizia que havia um processo de tombamento em aberto e em processo de estudo, por este motivo o processo não se encontrava no Arquivo Central do IPHAN. 



Primeira Ida aos Estúdios



            Durante o período de greve fomos fazer um reconhecimento da localização do nosso objeto de estudo. A maior parte dos membros não mora em São Bernardo (Clarice, Bruna e Mariana- somente o Edson mora em São Bernardo), sendo assim fomos fazer um reconhecimento da localização.

Mapa: Localização do que existe dos Estúdios Vera Cruz
             Nosso primeiro impacto, os estúdios ficam localizados em uma região bem central e de relativo grande movimento (há um ponto de ônibus e uma banca de jornal próximo a portaria), tendo grande facilidade de acesso.  Nossa segunda percepção foi o relativo abandono em que o local se encontrava, resolvemos dar o contorno e ver a real proporção dos estúdios.
            Começamos pela esquerda (rua Java), a principio há um pouco de comércio em volta ( loja de venda de veículos e ambulantes) e um grande paredão que dá a volta na VC ( em algumas partes pichados ). Depois começa o grande número de casas de alto padrão (esquerda da rua Java ) e o grande número de caros espalhados em volta dos muros da VC ( direita da rua Java), há uma pequena praça  e aparece a faculdade de Direito de São Bernardo (E) e como continuação  do pavilhão há um estacionamento privado. No fundo do quarteirão há a Cidade da Criança (Esquerda e início da rua Tasman) e do outro lado há os fundos da VC com alguns espaços vazios e alguns galpões ( há também tijolos e uma parte de um reboque de caminhão a esmo).
                 Mais um pouco a frente, continuam os casarões pelo lado esquerdo e aparece um colégio (EE Wallace Cockrane Simonsen) na parte que seria a continuação do quarteirão da VC e logo depois há uma praça e contornamos e entramos na rua Banda. Há continuação dos altos muros para o lado o fundo do colégio, acompanhado de um relativo conjunto de arvores. Logo depois podemos ver todo o outro lado do pavilhão e mais a frente podemos ver construções inacabadas que vão até o final da rua Banda (com aspecto de terem sido começadas há alguns anos, porém totalmente abandonadas).

            Assim terminamos de dar a volta no quarteirão e retornamos para Av. Lucas Nogueira e fomos perguntar informações na portaria, esperamos alguns instantes e fomos atendidas com um certo ar de surpresa pelos dois guardas. Falamos que estávamos fazendo uma pesquisa sobre os estúdios e queríamos informações sobre o local, eles falaram que tinha terminado a feira de malhas e que estavam desmontando a exposição. Perguntamos se haveria alguma forma de conseguirmos entrar para ver o pavilhão por dentro, entretanto foram categóricos que não poderiam permitir a entrada de ninguém, a única maneira de entrarmos dentro da VC seria esperar uma nova exposição , porém ele iria passar um telefone da administração do local ( um telefone da prefeitura de São Bernardo do Campo para falar com Vera), mas adiantaram que provavelmente não conseguiríamos nada e que esse número era fornecido para interessados em alugar o espaço. Fizemos mais algumas perguntas sobre a movimentação do local e falaram que muito raramente aparece alguém perguntando alguma coisa e pedimos para mostrarem o que seriam os prédios da VC; falaram que seriam somente os galpões, que o estacionamento no fundo era privado, do outro lado era um colégio e os outros prédios seriam obras paradas. Agradecemos a atenção que nos deram e finalizamos a nossa primeira ida a campo.